Introdução: O tratamento de cálculos renais complexos apresenta desafios significativos, uma vez que esses cálculos podem ser grandes, multifacetados ou localizados em áreas de difícil acesso. Tradicionalmente, essas lesões eram tratadas por procedimentos cirúrgicos abertos, com elevada morbidade. Objetivo: Este capítulo tem como objetivo revisar as abordagens minimamente invasivas mais recentes no tratamento de cálculos renais complexos, destacando as técnicas, os benefícios e as evidências científicas que sustentam essas intervenções. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura dos últimos 10 anos (2015 a 2024), com artigos selecionados nas bases de dados PubMed, Scielo e Bvsalud, utilizando os descritores “cálculos renais”, “tratamento minimamente invasivo”, “nefrolitíase complexa” e “litotripsia”. Resultados e discussões: As principais abordagens minimamente invasivas incluem a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), a nefrolitotripsia percutânea (NLPC) e a ureterorrenoscopia flexível (URS). A LECO é indicada para cálculos pequenos e localizados, enquanto a NLPC é eficaz para cálculos grandes ou com localizações difíceis, como os cálculos renais em cálice inferior ou complexo. A URS tem se mostrado uma técnica de escolha para cálculos localizados em posições mais acessíveis ao ureter ou ao polo renal superior. Considerações finais: As abordagens minimamente invasivas representam um avanço significativo no tratamento de cálculos renais complexos, com melhores resultados em termos de eficácia, recuperação e qualidade de vida dos pacientes. A escolha da técnica deve ser individualizada, levando em consideração as características do cálculo, a anatomia do paciente e as condições clínicas específicas.