O trauma crânio-encefálico (TCE) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, sendo frequentemente associado à hipotensão, fator que agrava a perfusão cerebral e aumenta o risco de danos neurológicos. A correta gestão da pressão arterial nesses pacientes é crucial para melhorar os resultados clínicos. Objetivo: Este capítulo possui o objetivo de revisar as intervenções anestésicas no controle da hipotensão em pacientes com TCE, destacando as estratégias terapêuticas mais eficazes e as evidências científicas que respaldam essas abordagens. Metodologia: Foi realizado um levantamento de artigos nos últimos 10 anos, obtidos em 3 bases de dados diferentes, sendo elas o PubMed, Scielo e Bvsalud. Para tal, foram utilizados os descritores“hipotensão”, “trauma crânio-encefálico”, “pressão arterial” e “anestésicos”. Resultados e discussões: Foi possível observar que a norepinefrina, como vasopressor, tem se mostrado eficaz em melhorar a pressão arterial média e a perfusão cerebral sem comprometer significativamente a pressão intracraniana. Além disso, a anestesia balanceada, que combina anestésicos voláteis e analgésicos opioides, é uma estratégia importante para o controle hemodinâmico, minimizando os riscos de complicações. A ventilação controlada também se mostrou fundamental, já que a hipoventilação pode aumentar a pressão intracraniana e prejudicar a oxigenação cerebral. A monitoração contínua da pressão intracraniana e dos parâmetros hemodinâmicos, como a pressão arterial média e o débito cardíaco, é essencial para realizar ajustes rápidos no tratamento e otimizar os resultados clínicos. Considerações finais: Conclui-se que o manejo anestésico da hipotensão em TCE deve ser individualizado, com base nas condições específicas de cada paciente, para melhorar o prognóstico e reduzir as complicações associadas.