Objetivo: Este estudo tem como objetivo discutir a importância da capacitação em controle de hemorragias por meio do programa Stop the Bleed no contexto do aumento da violência armada nas escolas brasileiras e sua implementação na formação em enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, fundamentado em revisão de literatura e análise documental de ataques escolares emblemáticos no Brasil, além da experiência prática da Liga Universitária de Enfermagem em Emergência (LUENF). As fontes incluíram bases de dados acadêmicas (SciELO, LILACS, PubMed), reportagens jornalísticas e documentos institucionais. Os casos de Realengo (2011), Suzano (2019) e Blumenau (2023) foram analisados quanto à dinâmica dos ataques, tempo de resposta dos serviços de emergência e medidas de prevenção adotadas. Resultados e Discussão: Os resultados revelam que o treinamento em controle de hemorragias pode reduzir significativamente a mortalidade em eventos de trauma em massa, especialmente quando a população está preparada como primeiros respondentes. Estudantes de enfermagem atuarão como multiplicadores de conhecimento, realizando oficinas e simulações educativas em instituições de ensino. Os participantes relataram maior confiança e habilidade na aplicação de técnicas como pressão direta, tamponamento de feridas e uso de torniquete. O programa também fortalece os vínculos entre universidade e comunidade, estimulando o engajamento acadêmico com problemas sociais reais. Globalmente, o American College of Surgeons informa que mais de 2 milhões de pessoas foram treinadas em 138 países, com a meta de alcançar 200 milhões. Considerações Finais: A inclusão da capacitação em controle de hemorragias nos programas de formação em saúde representa uma estratégia promissora de segurança pública. Sua institucionalização nas graduações em enfermagem e como política pública pode salvar vidas, promover cidadania e preparar comunidades para reagir de forma eficaz em massacres escolares.