Objetivo: Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar a relação bidirecional entre distúrbios do sono e a função endócrina, destacando os mecanismos fisiopatológicos envolvidos. Metodologia: seguiu as diretrizes PRISMA, com buscas nas bases PubMed, BVS e LILACS, resultando na seleção de 6 estudos que abordam a influência de distúrbios do sono, como insônia, apneia obstrutiva do sono (AOS) e privação de sono, sobre hormônios como cortisol, melatonina, insulina, leptina e grelina. Resultados e discussão: a insônia está associada à hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), elevando os níveis de cortisol e afetando a qualidade do sono. Estudos apontam que intervenções como massagem abdominal podem modular esse eixo, promovendo a homeostase neuroendócrina. Na epilepsia, a privação de sono exacerba crises convulsivas, enquanto estas afetam negativamente o sono, criando um ciclo vicioso. A AOS, especialmente em ambientes com alta poluição, está ligada à elevação de cortisol e testosterona, além da perda do padrão circadiano hormonal, agravando a fragmentação do sono e a ativação simpática noturna. Distúrbios do sono também impactam o metabolismo energético, favorecendo a resistência à insulina, o acúmulo de gordura visceral e alterações na secreção de leptina e grelina, contribuindo para obesidade e diabetes tipo 2. Considerações finais: Esses achados reforçam a necessidade de abordagens terapêuticas integradas, considerando a avaliação e tratamento dos distúrbios do sono como parte essencial na prevenção e manejo de disfunções endócrinas e metabólicas.