Este estudo teve como objetivo revisar e analisar o manejo emergencial da litíase urinária complicada por sepse obstrutiva, com foco na abordagem cirúrgica inicial mais eficaz e segura. A metodologia adotada seguiu as diretrizes PRISMA, com pesquisa nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e ScienceDirect, utilizando descritores relacionados à obstrução ureteral, sepse e cirurgia urológica de emergência. Foram selecionados onze artigos publicados entre 2013 e 2025, após aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicam uma tendência crescente à adoção da ureteroscopia (URS) emergencial como alternativa definitiva precoce em pacientes hemodinamicamente estáveis, contrastando com a abordagem tradicional de desobstrução temporária por nefrostomia percutânea ou cateter duplo J. A URS precoce demonstrou menor tempo de internação, menor necessidade de antibioticoterapia e menores taxas de complicações pós-operatórias, como infecções associadas ao cateter e lesões ureterais. Por outro lado, a nefrostomia, embora segura em pacientes instáveis, apresentou maiores taxas de complicações e tempo de recuperação prolongado. A análise dos estudos evidencia que a escolha da técnica cirúrgica deve ser individualizada, considerando o estado clínico do paciente, a extensão da obstrução e os recursos disponíveis. Conclui-se que a URS emergencial representa uma evolução no tratamento da sepse urinária obstrutiva, com potencial para se tornar conduta preferencial em contextos específicos. Contudo, ressalta-se a necessidade de protocolos clínicos padronizados e estudos prospectivos que ampliem a aplicabilidade da URS precoce a diferentes perfis de pacientes.