Objetivo: avaliar a importância da neutropenia febril no contexto do tratamento oncológico. Metodologia: Este estudo realizou uma revisão integrativa da literatura, com busca em bases como PubMed e Scielo, selecionando artigos dentro dos últimos 6 anos que abordassem aspectos clínicos, microbiológicos, terapêuticos e preventivos da NF. Resultados e Discussão: os resultados apontam que, embora as infecções por bactérias Gram-negativas apresentem maior letalidade, há um crescimento na predominância de patógenos Gram-positivos, em especial devido ao uso de cateteres. A antibioticoterapia de amplo espectro deve ser iniciada idealmente na primeira hora após o início da febre. A persistência febril entre 4 a 7 dias exige investigação fúngica. A mucosite, frequentemente induzida pela quimioterapia, é um fator de risco relevante, facilitando a translocação microbiana. O uso de G-CSF como profilaxia reduz a incidência de NF e internações. A estratificação de risco por meio do escore MASCC auxilia na escolha entre tratamento ambulatorial ou hospitalar. Estudos também revelam lacunas no conhecimento de profissionais de saúde, especialmente da enfermagem, sobre a detecção e manejo da NF. Considerações finais: conclui-se que a NF exige abordagem rápida, multidisciplinar e individualizada, com base na vigilância microbiológica local e no risco clínico do paciente. O investimento na capacitação das equipes e na implementação de protocolos padronizados é fundamental para a redução da mortalidade e melhoria da qualidade do cuidado oncológico.