Objetivo: Apresentar uma revisão atualizada sobre as principais condutas no atendimento ao trauma abdominal contuso e penetrante na sala de emergência. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases PubMed e SciELO, utilizando descritores específicos e filtros metodológicos rigorosos. Após triagem e análise dos resultados, 36 artigos foram selecionados por sua relevância. Resultados e Discussão: Os dados reforçam a importância de avaliar, inicialmente, o estado hemodinâmico do paciente para direcionar a conduta. A tomografia computadorizada e o ultrassom Focused Assessment with Sonography for Trauma (FAST) foram os exames mais utilizados, especialmente em pacientes estáveis. O trabalho discutiu os principais tipos de lesões, como aquelas causadas por armas de fogo e brancas, além dos traumas contusos que envolvem fígado, baço e mesentério — com destaque para os casos pediátricos. Em muitos cenários, o tratamento não operatório (TNO) se mostrou eficaz, desde que haja monitoramento rigoroso e ausência de sinais de instabilidade ou peritonite. Também foi discutida a importância de estratégias como embolização seletiva e cirurgia de controle de danos (DCS) em situações mais graves. Considerações Finais: Conclui-se que a abordagem do trauma abdominal deve ser individualizada, baseada em protocolos bem definidos e respaldada por exames de imagem. O acompanhamento multiprofissional e o julgamento clínico são essenciais para equilibrar o momento certo de intervir e preservar ao máximo os órgãos do paciente. A carência de dados nacionais e estudos prospectivos reforça a necessidade de pesquisas mais amplas que contemplem nossa realidade.